sábado, 8 de novembro de 2008

 

Viagem Astral – O que realmente se projeta?

Paulo Stekel



Introdução

Você já teve a sensação de flutuar durante o sonho? Já teve a sensação de cair? Já teve a sensação de não estar de fato dormindo, mas vendo a si mesmo deitado na cama? Se sua resposta é sim, provavelmente você experimentou a projeção astral (termo mais adequado) ou, como dizem outros, uma viagem astral, um desdobramento astral ou uma experiência fora do corpo.

Para quem entende do assunto, a projeção astral é a capacidade que temos de sair do corpo físico e viajarmos por planos invisíveis, utilizando o que se chama de “corpo astral”. É um fenômeno comum a todos nós, mesmo que não tenhamos consciência do fato.

Contudo, quem é esse “eu” que “sai” ou se projeta do corpo? O espírito, a mente, a consciência? São termos para a mesma coisa? Orientais e ocidentais pensam da mesma forma sobre o assunto? Eis algumas dúvidas suscetíveis de controvérsias.

O astral

O corpo astral é considerado pelos espiritualistas em geral como a parte extra-física do corpo físico. Parece ser igual ao físico (daí a noção popularizada de “duplo astral”), mas menos denso, e normalmente invisível e intangível. Quando estamos em estado de vigília, o corpo astral repousa junto ao físico. Quando dormimos, ele se destaca e se projeta segundo as tendências mentais. Desta forma, parece que o corpo astral depende das disposições da mente do indivíduo, não sendo, portanto, confundível com a mesma.

Muitos pesquisadores da projeção astral dizem que o corpo astral se mantém ligado ao físico por uma espéice de “cordão de prata”, um laço energético, também chamado cordão astral ou cordão vital, que vai diminuindo de espessura à medida que o corpo astral se afasta do corpo. Isso parece discutível, pois muitas pessoas que relatam tais experiências dizem não ter visto nada semelhante. De fato, isso parece um pouco como resquício da visão materialista que vigorou até poucas décadas, segundo a qual tudo tinha que ter seu substrato físico. Se a projeção for um processo mental, não há qualquer necessidade de um cordão de ligação. A conexão seria literalmente “sem fio”. Esta é uma visão mais sofisticada perfeitamente explicável pela nossa atual tecnologia “wireless”. Se, no mundo físico, há a energia eletromagnética que pode ser transmitida assim, por que não haveria um processo similar sendo coordenado por nossa mente?

O plano astral é visto como um Universo Paralelo ao nosso. Este universo é regido pelas formas-pensamento, que são geradas pelo ato de pensar com intensidade quando se está consciente no mesmo. Não existe ali espaço nem tempo, mas sim forma-pensamento, de modo que ao se pensar em um lugar, quase de imediato se é transportado para lá.

Onde, então, situa-se o plano astral, se este parece totalmente dependente de nossa mente? Seria uma espécie de “zona neutra” dentro de nossa mente ou manifestando-se através dela? Se não pensarmos no plano astral com as mesmas regras do plano físico, isso pode fazer muito sentido. Contudo, ainda não significaria sua não existência ou um simples fenômeno psicológico. Seria algo real, para a mente, segundo a perspectiva da mente. A propósito, as filosofias orientais deixam claro que mesmo nosso mundo físico ilusório é bem real quando visto pela perspectiva da mente, mostrando-se, contudo, bastante limitado e impermanente quando a mente o percebe a partir de outros níveis mais sutis.

Adaptação de linguagem e novas respostas

Estamos acostumados a uma literatura em linguagem muito arcaica quanto ao que tange a viagem astral, plano astral e corpo astral. Muito do que ainda se apresenta vem dos textos de teosofia, que são do século XIX (Blavatsky, Leadbeater, Besant). A nomenclatura nunca foi revista adequadamente. Mesmo a nomenclatura da Projeciologia desenvolvida por Waldo Vieira é bastante complexa e não acrescenta argumentos realmente novos, a despeito dos termos etimologicamente elaborados. Os livros de Robert Monroe se detêm muito nos relatos do fenômeno, mas trazem poucas respostas sobre o que realmente se projeta, pois isso requer uma compreensão muito mais profunda da própria essência da mente.

Para os orientais, a mente tem a capacidade de se expandir, de viajar a outros lugares sem o corpo, e mesmo de projetar uma imagem visível a outros do corpo ao qual está ligado, o que é chamado de “espectro” ou “energia fantasma”. Esses relatos vêm geralmente no caso de pessoas mortas. Mas o fato do corpo ter morrido não significa que a mente tenha se inutilizado. Ela ainda mantém a capacidade de projetar uma imagem do corpo ao qual estava ligada por um bom tempo, de anos a séculos, dependendo do caso.

Só para exemplificar a diferença de visão sobre o que sobrevive à morte (deve ser a mesma coisa que se projeta no astral?), analisemos a opinião espírita corrente e a visão do budismo:

Quando se pergunta a um espírita onde se encontra a pessoa que morreu, ou o seu espírito, um médium pode responder: “aqui, do meu lado!” Ou então: “Aí do seu lado, não vê?” Isso evidencia a noção de um espírito “local”, que pode ser definido, localizado e mesmo observado nos mesmos moldes do corpo físico. Ainda que os espíritas possam dizer que o espírito, neste caso, sempre está ligado ao perispírito, e que este é que é percebido, fica clara a noção de que esse conjunto é a consciência, mente ou ser que sobrevive à morte.

Quando se pergunta a um budista tibetano onde se encontra a pessoa que morreu, ele responderá: “Por aí”. E ainda apontará para todos os lados e para o espaço. Por que? Porque para ele, a mente é o ser que partiu. Esta mente abrange o espaço e não pode ser contida. Ele esteve contida enquanto o ser estava vivo. Quando ele morre, a mente se liberta. Mas, pelas tendências cármicas que gerou quando num corpo, tende a retornar em outro corpo, o que chamam os budistas de “renascimento” e nós, ocidentais, erroneamente, de “reencarnação”. Este último termo é equivocado porque nada “reentra na carne”; algo apenas “nasce mais uma vez”, e esse “nascer” equivale a manifestar-se num corpo. Isso nos dá dicas de que a mente manifesta-se no corpo, no cérebro e na personalidade, mas não é nenhuma destas coisas. Não é uma alma, um espírito ou um ego que sobrevive à morte, mas simplesmente um fluxo puro universal. A fonte está em lugar seguro... Isso equivale a dizer que seja lá o que for que anima o corpo, é não-local.

O que queremos dizer é que podemos aceitar quaisquer das duas argumentações sobre a mente e o astral, mas isso afetará a percepção da experiência em si e, de fato, afeta. Quando no astral, as imagens que vemos refletem mais nossas crenças que algo real. Assim, um espírita perceberá um espírito de luz onde um tibetano poderia perceber a energia de um Buda. Mas, o que realmente está lá? É algo que requer estudo mais aprofundado.

Como ocorre?

A viagem astral pode ser involuntária ou voluntária. Pode ocorrer durante um sonho ou nas experiências de quase-morte (EQM). Nós mesmos já vivenciamos a primeira possibilidade (em sonho) por diversas vezes desde a adolescência, mas sempre de modo involuntário, nunca provocado. Mas há muitas pessoas que dizem fazer a viagem astral voluntariamente e de modo controlado. Nunca percebemos nenhum cordão de prata, mas percebemos alguma presença a nos guiar, ainda que se mantivesse invisível. Os próprios pesquisadores reconhecem que ninguém jamais conseguiu tocar o cordão de prata ou esmiuçá-lo detidamente.

Um amigo relatou-nos ter tido experiências de viagem astral quando estava em coma, à beira da morte. Na verdade, tinha sido dado como morto e já o preparavam para ser entregue aos cuidados da funerária. Disse-nos que podia ver seu próprio corpo sendo costurado na mesa de cirurgia após um grave acidente de carro, e relatou ter encontrado uma entidade supostamente feminina do “outro lado”. Esta entidade disse-lhe que ainda não era a hora e que uma nova chance lhe tinha sido dada, pois sua missão não estava completa. Então, ele voltou a si e a enfermeira pasmou-se de ouvi-lo pedir água, quando era dado praticamente como sem volta. Até esta época, sua prática religiosa era nula. Nos anos seguintes, o vimos passar por muitos caminhos diferentes (dos mórmons ao candomblé e à umbanda), de modo que cremos ser ele hoje um autêntico “universalista”. A experiência (e o acidente, obviamente), de fato, mudou sua personalidade, que de egocêntrica, orgulhosa e vaidosa, passou a refletir uma mente mais humana, humilde, serena e menos agressiva. Ele ainda não sabe o que realmente aconteceu, mas foi positivamente afetado.

Uma amiga relatou-nos que em todas as vezes em sua vida em que recebeu anestesia geral (foram algumas vezes), viu-se fora do corpo, ouvia tudo o que os médicos diziam e podia sair do quarto, flutuar sobre a mesa cirúrgica, etc. Contudo, sempre sentiu-se bem com a experiência e não queria retornar, devido ao bem-estar gerado pela experiência. Mas acabava voltando, como que à força. Uma energia, ou consciência, a fazia retornar.

Nós mesmos passamos por algo parecido em uma de nossas experiências. Ela ocorreu por volta de 1998. Mas não é que não queríamos voltar, na verdade não o conseguíamos. Algo parecia nos impedir. Então, tivemos a intuição de entoar um mantra hebraico (o mantra “qadosh”, do qual falamos detidamente em artigo anterior - http://revistahorizonte.blogspot.com/2008/10/msica-canalizao.html#links ), e imediatamente após entoá-lo por três vezes, sentimos como que uma mão puxando-nos para o corpo. Podíamos perceber uma figura branca, numa veste azul-clara, à nossa direita. Então, despertamos, sem maiores problemas. Antes disso, havíamos tido a clara sensação de ter atravessado a parede e de nos postarmos frente a um espelho. Não vimos nossa imagem no espelho, mas apareciam outras imagens nela, de seres que certamente costumam andejar por ali. Na mesma ocasião tivemos, no astral, uma experiência de premonição. Parece que a projeção nos deixa suscetíveis a estas manifestações.

O consenso quase geral é de que estes seres percebidos durante a projeção astral são desencarnados, mas há também quem pense serem ou seres vivos deste próprio plano ou então projeções mentais relacionadas à nossa própria experiência cármica destas e de outras vidas. Esta última é a visão praticamente compartilhada pelo budismo tibetano. Isso não significa que não possam existir outras consciências fora do mundo físico. Mas devemos analisar bem cada experiência e não cair na nomenclatura comum a doutrinas que encapsulam a experiência em moldes absolutos. Para alguns, a projeção astral é como se fosse uma meditação profunda na qual a mente escapa momentaneamente dos limites do corpo e tem a mesma liberdade que teria após a morte, salvo pelo fato de retornar em seguida.

Mas, qual é a sensação que temos no momento em que estamos nos projetando no astral? Há várias características, entre elas: a sensação de se estar no espaço vazio; dificuldade de respirar, mas sem perder os sentidos; percepção do braço esticando; olhar-se no espelho e não se ver (como nos ocorreu); passar pelas pessoas sem ser observado; emitir alguma espécie de luz própria; sentir-se mais leve; não fazer sombra; sentir-se deslizando; sentir-se livre; ter uma visão aperfeiçoada; observar a si próprio e não ver o corpo.

É perigoso viajar no astral?

Quase todos nós já ouvimos de alguém que “sim”, é perigoso viajar no astral através da projeção, pois podemos não mais voltar. Mas, quem fala assim não conhece realmente o assunto, nem se dá conta de que parecemos viajar todas as noites, quando dormimos, desde que nascemos, e não pode haver qualquer perigo extremo nisso. Os mais drásticos dizem que podemos morrer fazendo viagem astral. Mas também podemos morrer dormindo, não é mesmo? Podemos morrer de tantas formas estúpidas não contempladas na categoria “perigo” que esta advertência parece mais querer causar pânico que alertar.

Outra advertência comum dada por amadores é a de que seres trevosos podem cortar o cordão de prata do viajante a seu revés. Isso seria um “assassinato astral”, mas muito difícil de ocorrer sem que o corpo físico fosse atacado diretamente por elementos também físicos. A tendência na viagem astral, no caso do menor risco, é o retorno imediato ao corpo físico. Ademais, a consciência, na projeção, apenas transfere-se do físico para o astral, mantendo uma continuidade. O corpo no qual está manifestando é algo secundário. A consciência é quem comanda os processos. Seres bons e maus existem em todos os planos. Eles se atraem por afinidades. Então, basta cada um saber do que é feito, que tipo de energias emana, e terá condições de saber que energias pode atrair. Se no físico atraímos pessoas afins com nossa ética e comportamento, no astral não pode ser diferente. A culpa não pode ser do plano astral, mas de nós mesmos.

Benefícios da projeção

As pessoas que dizem fazer a projeção astral com freqüência relatam inúmeros benefícios ou vantagens desta prática. Uma delas é a possibilidade de, estando fora do corpo, observar eventos físicos e extrafísicos, sem o uso dos sentidos físicos ordinários. Neste estado, a pessoa que se projeta observa, trabalha, participa e aprende fora do seu corpo, especialmente sobre o novo mundo que se descortina diante de si, um mundo “espiritual” fluido, que torna realidade seus pensamentos (bons ou maus) através da geração das formas-pensamento.

Por vezes a pessoa que viaja pelo astral encontra outros seres, ou o que parecem ser outros seres. Alguns são imagens de pessoas conhecidas do projetor que já morreram. Outras, seres desconhecidos. A pessoa ainda pode vir a lembrar de vidas anteriores ou se ver auxiliada energeticamente por estes “seres astrais”. Mas ela também pode encontrar neste plano o duplo astral de pessoas vivas que também estão dormindo, como pessoas queridas, desafetos, parentes, etc. Este elemento parece corroborar a idéia de que o astral é apenas mais um plano onde nossa consciência pode se manifestar.

Neste nível, por vezes são vistos seres chamados de “amparadores”, outras vezes nomeados de anjos de guarda, guias, mentores, etc. Foi o que nós mesmos experimentamos no que relatamos há pouco. Os amparadores, seja lá o que forem (desencarnados, anjos, mestres) estão sempre presentes, assistindo e orientando o projetor, ainda que este não os perceba. Eles podem mesmo auxiliá-lo a se projetar.

Diferença entre sonho e viagem astral

Na verdade, segundo os pesquisadores, o estado de sono, no qual ocorre a maior parte das experiências de projeção, é constituído de três tipos de estado:

Os Sonhos espontâneos ou naturais: Neles, que são a maioria das experiências, não sabemos que estamos sonhando, não interferimos, mas sentimos todos os acontecimentos. As pessoas muito estressadas ou doentes sequer lembram destes sonhos comuns.

Sonhos lúcidos: Nestes, sabemos que estamos sonhando e podemos mudar os eventos, tomando decisões. Segundo os especialistas, um sonho lúcido nada mais é uma projeção astral do tipo semi-consciente.

Projeção astral ou viagem astral: Sua condição imprescindível é que se saiba, se tenha a certeza de que se está vivenciando uma Experiência Fora do Corpo. Mesmo não se sabendo onde se está, é importante que se tenha a certeza de não se estar sonhando, nem no corpo físico. Há graus desta lucidez, mas em qualquer grau, deve-se ter a certeza da singularidade da experiência.

Comparando o sonho comum e a projeção astral, podemos dizer que: No sonho, ocorre a atividade mental habitual – na projeção, ela é muito mais rica; no sonho, as imagens que surgem não podem ser controladas – na projeção, podemos controlar tudo à nossa volta, incluso fazer surgir ou desaparecer imagens; no sonho, o senso crítico está ausente – na projeção, ele se faz presente sempre, como no estado de vigília; no sonho não nos lembramos claramente das imagens e do enredo – na projeção, podemos lembrar de tudo como num evento ocorrido em estado de vigília; no sonho, não temos a sensação de sair do corpo – na projeção, essa sensação é uma experiência única e inesquecível; no sonho, as imagens são deformadas e irreais – na projeção, são nítidas; no sonho, as imagens são menos claras que no estado de vigília – na projeção, podem ser ainda mais intensas; no sonho, as lembranças podem ser mais fortes quando comparadas com projeções mais longas, o que parece ser um paradoxo.

A visão oriental

No Budismo há o conceito de siddhis, as “perfeições” ou espécies de poderes supra-humanos, como clarividência, clariaudiência, telepatia, telecinese, etc. Há os siddhis inferiores e os siddhis superiores. Os fenômenos psíquicos comuns estudados pela Parapsicologia geralmente recaem na categoria dos siddhis inferiores. Os superiores são aqueles poderes que conduzem os seres ao despertar. Um exemplo, é a capacidade que seres elevados, como Mestres, Bodhisattvas e Buddhas têm de dar aos seres não apenas o que eles desejam, mas o que necessitam. Assim, os ensinamentos espirituais vindos destes seres são legítimos siddhis superiores, ainda que aqueles ligados à fenomenologia física não os entendam como poderes superiores. Na mesma categoria está a capacidade de conhecer as vidas anteriores de alguém, o que habilita um ser superior a prescrever o melhor método para que um discípulo avance no caminho espiritual.

O Budismo reconhece fenômenos como a mediunidade e a viagem astral, mas eles não são considerados como o que há de mais importante, além de serem referidos com termos diferentes dos usados no Ocidente. Estariam na categoria dos siddhis inferiores. Os budistas consideram o que chamamos de plano astral como um lugar inferior ao que chamamos de plano mental. Na verdade, o mental coordena o astral, o etérico e o físico.

A consciência ou mente dos mortos ainda se manifesta no astral por um tempo após a morte, mas deveríamos deixá-los seguir seu curso em paz, sem tentar atraí-los pelo apego que restou de nossa parte. Agindo assim, em pouco tempo eles encontram seu caminho e os resquícios de sua personalidade desaparece, deixando-os aptos a renascer em outro corpo. Na verdade, só existe um continuum mental, não um eu que sobreviva à morte. Só há estados de consciência. Um estado é um modo de ser. Então, só há modos de consciência. Não há uma alma concreta, como vista pelo espiritismo, pelo cristianismo e por algumas tendências do movimento “nova era”. Há um fluxo linear, um fluxo mental puro que vai se obliterando pelos níveis mais físicos à medida que se reveste deles para se manifestar, mas não um eu que saia imutável da experiência de uma vida, pois as experiências não são lineares. Se nossas células todas mudam no curso de poucos anos, de modo que não podemos dizer que temos o mesmo corpo desde o nascimento, o que dizer da mente, da consciência, que passa por tantas fases ao longo da vida?

Mais importante que desenvolver os siddhis inferiores (no qual a viagem astral se enquadra) é desenvolver os siddhis superiores, como as virtudes, por exemplo. Contudo, isso não significa não reconhecer a realidade da viagem astral ou proibí-la. Há muitos especialistas em viagens astrais no mundo hinduísta e budista. Contudo, sem um objetivo nobre – o benefício de todos os seres –, nada pode ser alçado à categoria de siddhi superior. A viagem astral pode ser útil nas mãos de pessoas compassivas e que buscam a sabedoria, mas não nas mãos daquelas que encantam-se com fenômenos impermanentes ou que buscam ambiciosamente todo o poder a qualquer custo.

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